terça-feira, 1 de novembro de 2011

Fundação Nordestina do Cordel - FUNCOR, com sede em Teresina


A FUNDAÇÃO NORDESTINA DO CORDEL – FUNCOR, fundada em 02 de agosto de 1999, em Teresina, capital do Estado do Piauí, por um grupo de amigos, poetas, empresários, advogados, jornalistas juízes e desembargadores. Nasceu da necessidade de difundir a literatura de cordel em todos os seus seguimentos, através de publicações, seminários, palestras, festivais, cursos e outras formas de comunicação. Uma entidade de caráter privado sem fins lucrativos, responsável pela publicação da Revista de Divulgação Cultural “De Repente”, e como também, publicações de folhetos de Literatura de Cordel, fotografias, história, geografia e que tem a finalidade de desenvolver pesquisas que focalizem o folclore e a cultura de nosso povo.

A FUNDAÇÃO NORDESTINA DO CORDEL – FUNCOR funciona normalmente durante o ano todo, iniciando suas atividades diárias às 07hs00min da manhã e estendendo-se até às 18hs00min, com sede própria na Capital Teresina. As ações da FUNCOR é desenvolver com recursos ou sem recursos o PROJETO CORDEL NAS ESCOLAS, CANTORIA NA PRAÇA, REVISTA DE REPENTE E PUBLICAÇÃO DE CORDÉIS.


Fale Conosco:
Assinaturas da Revista de Repente, Aquisição de Folhetos e Livros, Oficinas de Cordel, Palestras ou qualquer outro assunto:
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Bairro: Parque Itararé Teresina – PI
CEP: 64078-670
e-mail´s: funcor@bol.com.br
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Fone: (86) 3236-8620



Fonte desta e de outras matérias reproduzidas aqui: http://funcorpiaui.blogspot.com

Vale destacar: Revista "De Repente"


Capa da Revista de Repente nº 86

A revista De Repente nasceu no dia 04 de dezembro de 1994, na necessidade de se criar um órgão de revitalização e divulgação de literatura de cordel, mas também a entrevista com repentistas, artistas e pesquisadores da literatura popular.

Criada para divulgar a literatura de Cordel os acontecimentos do Piauí, do Brasil e do Mundo, com objetivo de divulgar, preservar e resgatar a cultura popular nordestina, procurando por este meio registrar trabalhos históricos e nomes de poetas imortais. Nesses quinze anos de existência e experiência a revista demonstrou seu papel principal no campo do Jornalismo Cultural e intelectual.

A revista foi lançada no mercado cultural com a proposta de disseminar estudos e reflexões construídos por cordelistas, pesquisadores, professores, jornalistas e amantes da cultura. Os artigos em cordéis revelam a dimensão da diversidade de temas que a LITERATURA DE CORDEL pode propor e aborda na discussão da atualidade. Atualmente a periodicidade da REVISTA DE REPENTE é mensal e distribuída através de assinaturas e vendas avulsas e livrarias, bancas de jornais e pelos seus colaboradores.

Nosso esforço também é levar a revista até a escola não para divulgar a REVISTA mas atrair novos leitores e com isso contribuindo para o futuro de novas gerações. Um país de leitores forma sociedade opinião própria de atitude, virtude, cidadania, enriquecimento cultura vastos e suas diversidades.

A REVISTA DE REPENTE vem se perpetuando ao longo desses quinze anos uma consolidação cultural já mais vivida aqui no Estado do Piauí para o Brasil e o Mundo. A preeminência adquirida ao longo dessa caminhada pesquisa afins, a intensidade e qualidade de sua produção justificam o investimento atual na criação de um espaço editorial próprio.

A proposta reúne esforços e visa articular um conjunto de iniciativas que ao longo dessa jornada, vêm sendo reconhecido pelo um público ético cultural nos assuntos da CULTURA POPULAR.

Mais um expoente: Pedro Costa

Pedro Nonato da Costa nasceu em Alto Longá, (PI). É filho de Raimundo Nonato da Costa e de dona Maria dos Anjos Alves, é diretor Presidente da Fundação Nordestina do Cordel, é cantador, repentista, compositor, poeta cordelista, editor, ator e radialista.

Gravou 4 CD's de cantorias, vaquejada e causos, criou e realizou sete Festivais de Violeiros no Piauí de dezembro de 1989 à 1998. Pedro Costa ja percorreu este Brasil, pesquisando e divulgando a Cantoria e a Literatura de Cordel. Pertence a Academia de Letras do Vale do Longá, cadeira nº 20, Academia Nordestina do Cordel, cadeira nº 5 e Academia Brasielira de Literatura de Cordel, cadeira nº 39.

Pedro Costa reflete o sentimento do mundo nas páginas de sua "De Repente", revista bimestral que leva aos quatro cantos do planeta a historiografia da cultura popular, em verso e prosa, mantendo acesa a chama do amor pela essência que brota do sentimento popular que é literatura de cordel, depois do trabalho de Pedro Costa, mestre arte também do cantar. Ele não esquece a sua cidade Novo Santo Antônio, território desmembrado de Alto Longá, que formou o novo município.

Destaca-se como violeiro e pensando grande é criou a Fundação Nordestina de Cordel e a revista De Repente, hoje um órgão de difusão cultural não apenas do cordel, mas repositório de textos de imortais das diversas academias d letras brasileira de Escritores.
Pedro Costa foi eleito por maioria de votos para compor o Conselho Municipal e Estadual de Cultura do estado do Piauí, ao lado de talentos.
O ingresso do escritor e poeta lírico Pedro Costa no Conselho Estadual de Cultural veio a constituir-se em satisfação no seio das academias de letras regionais do Piauí que vêm desenvolvendo políticas de inclusão cultural no interior do Estado, sob o argumento de que a educação e a cultura não são mais privilégio de elites conservadoras, mas da grande massa humana que constitui o povo brasileiro nas favelas e vilas dos confins.

Estrofe do poeta Pedro Costa sobre o Meio Ambiente:

O Meio Ambiente é vida
Pra vida ser imponente
Precisa que agente haja
De maneira consciente
Cuidar da fauna e da flora
E todo meio ambiente.

O Piauiense e cordelista Guaipuan Vieira

Guaipuan Vieira nasceu em Teresina - Piauí, em 11 de setembro de 1951. Filho do poeta folclorista e indianista Hermes Vieira e de Maria José Sousa Rodrigues. Casado. É poeta cordelista, xilógrafo e radialista. É graduado em teologia pelo Instituto de Ciências Religiosas - ICRE. Graduando em História na Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA. É funcionário da Receita Federal.

Aos dezesseis anos já improvisava versos, mas fora duramente repreendido pela mãe, pondo fim uma carreira poética. Desde 1976 se dedica à literatura de cordel. Autor de vários folhetos de cordel, alguns premiados e com destaque na impresa nacional e internacional. Cordéis que focalizam o apocalipse figuram no corpo da tese de doutorado da professora Emmanuelle Delebosse, da Universidade Antilles Guyane, de Martinique, França.

Autor de canções gravadas pelos repentistas Antonio Jocélio e Zé Vicente. Tem um livro publicado, um no prelo e três inéditos. É correspondente da Revista Derepente e colaborador de jornal. Em 1987 fundou o Centro Cultural dos Cordelistas do Ceará - Cecordel, entidade que contribui sobremaneira para o enriquecimento do cordel no Nordeste. Atualmente, é presidente. No mesmo ano com apoio da iniciativa privada cria a Banca do Cordel, pioneira em praça pública no Brasil. Em 1988 estreou na Ceará Rádio Clube, com um programa sertanejo, destacando a poesia popular. Integra a equipe de locutores da Rádio Pitaguary-AM 1340.

Detém a medalha Leandro Gomes de Barros, outorgada pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel e o "Prêmio Ceará de Literatura de Cordel". Bibliografia: "Canta Cordel" (2000); "Folclore Piauiense", (1977, apostila); "Festa na Roça" (1978, comédia folclórica). Recebeu da Casa de Arte ASAUF (UFC) o certificado "Cidadão 92", destacando-se como poeta da resistência, por ter contribuído com o Movimento de Poesias do Ceará do Pólo Cultural do Benfica. Em abril de 2003, através de Requerimento Nº 0842/03, de autoria do Vereador José Maria Pontes, recebeu da Câmara Municipal de Fortaleza "Votos de Congratulações" pelo lançamento de seu mais novo folheto, que trata da guerra declarada pelos Estados Unidos à nação iraquiana, e que tem como título "Monstro americano destrói inocentes no Iraque".

Em 2004, no Festival Internacional de Cantadores, em Quixadá - Ceará, foi outorgado pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com a Medalha de Mérito pelo reconhecimento do trabalho prestado em prol da literatura de cordel no Ceará.

II Concurso de Cordel




II Concurso de Cordel realizado nas escolas estaduais. Confira o cordel da 1ª colocada.

TRAUMA DA INFANCIA
Autora:Mayra Antunes
Unidade Escolar João Climaco de Almeida

Certa vez encontrei
Na minha querida rua
Como uma mulher bem triste
Estava suja quase nua
Fiquei estonteada
Mas ela ficou na sua.

Devido ser curiosa
Eu não pude resistir
Logo perguntei a ela
O que acontecia aqui
Ela de cabeça baixa
Se negou a me ouvir.

Eu que não desistir
E continuei a perguntar
Mas porque tanta tristeza
Começou desabafar
Sofri muito na infância
Não gosto nem de lembrar.

Quando tinha 15 anos
Tive uma decepção
Um monstro me aliciou
Sofri muita humilhação
Nunca me recuperei
Daquela situação.

Sofri tanto que pensei,
Dessa vida desistir
Pra mim tudo era ruim
Não dava pra seguir
A diante, mais muitos
Me apoiaram a resistir.

Não agüentando o sofrimento
Queria mesmo era a morte
Por incrível eu reagi
Com muita coragem e forte
Ainda ter que disseram
Que eu tive muita sorte.

Fiquei transtornada em choque
E bastante comovida
Tentei então lhe ajudar
Pra melhorar a sua vida
Quando ela disse que sim
Logo fui interrompida.

Chegou o carro da policia
Enfrente a nós parou
Com uma algema no bolso
Ligeiramente tirou
Lhe dando voz de prisão
e bruscamente algemou.

Depois vi na TV
O que havia acontecido
A mulher tinha matado
O monstro do ocorrido
Fiquei impressionada
Com o nome do falecido.

Este caso é um exemplo
Quem pratica arrogância
Não se usa uma mulher
Por impulso e ignorância
Para não torná-lo vitima
Do trauma de uma infância.